sexta-feira, 8 de março de 2019

News: Casa de Manuel de Arriaga, um lugar a visitar nos Açores


Objetos pessoais de Manuel de Arriaga

Há dias, tive o prazer de visitar a casa onde nasceu o escritor e filósofo Manuel de Arriaga. Para muitos portugueses, ele ficou para a História de Portugal pelo fato de ter sido o primeiro Presidente da República de Portugal.

Ao visitar o espaço, que recomendo vivamente, facilmente se percebe que foi muito mais do que isso.

Manuel de Arriaga nasceu na Casa do Arco, numa antiga zona histórica da Ilha do Faial, nos Açores. O advogado, professor, deputado, vereador na Câmara Municipal de Lisboa e excelente orador deixou-nos um espólio muito interessante.

No local, além de alguns objetos pessoais, documentos e obras publicadas, encontramos muito bem documentado o percurso de uma vida dedicada à causa pública, à literatura e à cultura, no sentida mais lato do termo.

Nos quatro dias que permaneci nas ilhas (Faial, Pico e São Jorge), posso dizer que fui um privilegiado. Fiquei hospedado num pequeno e modesto lugar a poucos metros onde nasceu o escritor. Da varanda do meu quarto, via-se a entrada da porta da Casa do Arco.

Sempre que saio de casa, é quase uma obrigação procurar esses lugares que nos transportam no tempo literário. Ajudam-nos a melhor perceber o autor e a sua obra. Fiz o mesmo quando estive em São Miguel. Procurei o banco de jardim onde Antero de Quental se suicidou com tiro de pistola e onde Natália Correia tem uma avenida gigante e a biblioteca municipal com o seu nome. Na Terceira, visitei a casa onde nasceu Vitorino Nemésio, o pai de Mau Tempo No Canal. Espetacular!

Aliás, estas duas viagens de barco, principalmente a ligação São Jorge/Faial ajudaram-me a perceber o Mau Tempo No Canal de Nemésio, que o digam os meus filhos (a Joana e o Pedro), que só não engodaram os peixes do Atlântico, porque as embarcações estavam altamente equipadas para prevenir os enjoos dos mais indispostos. E acreditem foram mesmo muitos ao longo de uma viagem de uma hora e meia.

Recomendo!  
Mário Gonçalves

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