terça-feira, 8 de agosto de 2023

Enquanto se Esperam as Naus do Reino

Com um dia a dia ligado ao futebol e ao associativismo português, bem como à imprensa desportiva, em tempos idos, João Aranha manteve uma ligação estreita às terras indianas. 

Foi oficial de cavalaria e comandou a segunda divisão da Polícia do Estado da Índia até à anexação pela União Indiana e ao seu cativeiro de cinco meses. 

Durante este período de cativeiro, escreveu um diário, do qual se apresentam excertos nesta narrativa autobiográfica

Os últimos anos do Estado português na Índia são aqui recordados e também criticados pelo autor. Pode dizer-se que até o título da obra, “Enquanto se Esperam as Naus do Reino…”, tem a sua ponta de sarcasmo e ironia.

Pelo texto de João Aranha, transparecem as dificuldades sentidas e o absurdo dos últimos tempos da Índia portuguesa.

 As humilhações vividas pelo próprio, a comoção, o sofrimento e a solidão. Mas também o “desvario salazarista” ao anunciar que “ainda se combate nas florestas e nas ruas de Goa” quando, na realidade, não havia qualquer batalhão, avioneta, armamento, artilharia, transmissão ou apoio logístico.

 Mas, as ordens de combate até ao sacrifício total, em nome da salvação de um mito, mantinham-se. 

Com um dia-a-dia ligado ao futebol e ao associativismo português, bem como à imprensa desportiva, em tempos idos, João Aranha manteve uma ligação estreita às terras indianas. 

Foi oficial de cavalaria e comandou a segunda divisão da Polícia do Estado da Índia até à anexação pela União Indiana e ao seu cativeiro de cinco meses. Durante este período de cativeiro, escreveu um diário, do qual se apresentam excertos nesta narrativa autobiográfica. 

Os últimos anos do Estado português, na Índia, são aqui recordados e também criticados pelo autor. 

Pode dizer-se que até o título da obra, “Enquanto se Esperam as Naus do Reino…”, tem a sua ponta de sarcasmo e ironia. Pelo texto de João Aranha, transparecem as dificuldades sentidas e o absurdo dos últimos tempos da Índia portuguesa.

Sentem-se as humilhações vividas pelo próprio, a comoção, o sofrimento e a solidão. Mas também o “desvario salazarista” ao anunciar que “ainda se combate nas florestas e nas ruas de Goa” quando, na realidade, não havia qualquer batalhão, avioneta, armamento, artilharia, transmissão ou apoio logístico.

Mas, as ordens de combate até ao sacrifício total, em nome da salvação de um mito, mantinham-se. Uma proposta assinalável da Esfera do Caos.

Sílvia Fernandes / Diretora Adjunta 

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