sábado, 2 de setembro de 2023

Opinião - Educação: há mesmo muito a fazer e alterar em Angola (revisto e aumentado)

Há mesmo muito a fazer e a alterar no que à educação diz respeito, em Angola.

O ano letivo começou ontem e vai prolongar-se até 31 de julho. Será composto por três períodos escolares, adianta o Ministério da Educação, via Prensa Livre.

Considero que o ano letivo deva começar a 1 de setembro e terminar a 30 de junho. Os jovens estudantes precisam de - pelo menos - dois meses de férias para "recarregar baterias". Além disso, também ajudaria a atenuar os efeitos do calor nos meses de julho e agosto. 

Referi isso mesmo ao secretário de Estado para a Reinserção Social, na reunião que tivemos com o Pedro Simões e leonel Guilherme, no passado dia 10 de junho, em Lisboa.
 
Em Angola, existe o ensino primário, fundamental, médio e superior. No entanto, não existe um reforço no ensino médio (secundário), nem em termos de regime geral nem profissional.

Aliás, importa recordar que o ensino profissional é residual em todo o território angolano, e só chega a algumas populações mais urbanas, via instituto de emprego. Existe um foço entre o ensino primeirio e superior. 

A Educação e Formação de Adultos quase que não existe e a alfabetização constitui uma necessidade urgente.

Para agravar a situação da Educação em Angola, existe uma grade falta de todo o tipo de equipamentos, material escolares e livros.

O aumento dos preços dos uniformes é outro dos problemas que contribui fortemente para abandono escolar.

Segundo a Prensa Livre, "O governo está a desenvolver um programa para erradicar as escolas precárias e improvisadas até 2027 e também está a promover e implementar o PAT-II (Girls’ Empowerment and Learning for All Project).

Creio que o governo angolano está igualmente disponível para o fornecimento de subsídios a alunos de famílias economicamente vulneráveis, refere a mesma fonte.

Garantidamente, sabemos que apoia novos projetos que desenvolvam a Educação e a Saúde. 

Em Angola, a educação é obrigatória e gratuita até a 9ª série, mas vários fatores impedem que muitas crianças entrem ou saiam do sistema educacional.

By Mário Gonçalves / Mestre em Ciências da Educação pela Universidade de Lisboa 

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