segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Como escrever um livro?



Como escrever um livro? As 10 melhores dicas para novos escritores

By Juliano Loureiro - Base de conhecimento, Escrever um livro, Publicar um livro

Como escrever um livro é uma pergunta recorrente entre aspirantes à escrita criativa. É um grande desafio, uma jornada que pode se estender por meses. Além do apreço pela arte literária, com uma boa dose de disposição e criatividade, é preciso organização e um plano para o manuscrito ficar concluído. Os desafios são enormes, mas qualquer pessoa pode realizar este feito. 


Guia para o texto:

Fase 1: Preparação

Dica 1: Pesquisa sobre os géneros literários

Dica 2: Organize as suas ideias

Dica 3: Defina uma rotina de escrita

Fase 4: Dicas de escrita

Dica 4: Crie a sinopse e o argumento

Dica 5: Estruture a sua história

Dica 6: Escritor arquiteto ou jardineiro? Qual é a sua onda?

Dica 7: Desenvolva os elementos da narrativa

Dica 8: Escreva

Fase 9: Revisão, Publicação e Venda

Dica 10: Escolha uma plataforma para publicação, distribuição e venda.

Como escrever um livro

Preparação: o que fazer antes de começar a escrever um livro?

Sei que há uma enorme ansiedade para começar logo a escrever um livro. No entanto, a etapa de preparação é essencial para que a escrita do livro, que pode durar meses, seja a mais tranquila e previsível possível. 

Para esta fase, três dicas: pesquisa sobre os géneros literários, organização de ideias e definição de uma rotina de escrita.

1. Pesquise sobre os géneros literários

Na literatura, temos três gêneros literários: narrativo/épico, lírico e dramático. E cada um deles possui características únicas, diferenciando por completo a organização das palavas. 

Um texto narrativo, como o próprio nome já indica, é focado na narração de uma história, seja ela ficcional ou não. No género narrativo, temos alguns estilos literários. Os mais comuns são o romance, o contos e a crónica. O romance são histórias mais longas, superando as 100 mil palavras na maior parte das vezes. 

Já os contos são histórias curtas, não tendo mais que 15 ou 20 mil palavras. As crónicas, por sua vez, são textos que narram histórias cotidianas, muitas vezes, com humor e deboche. 

Para conhecer melhor o género narrativo, leia: Género narrativo: detalhes e características do género literário preferido dos leitores

Já o género lírico é composto por poemas. São textos curtos, com forte apelo emocional. Outra forte característica dos textos líricos é a métrica e regras de escrita. Um soneto, estilo literário bastante conhecido, é caracterizado por ter 14 versos, sendo duas quadras (estrofes de quatro versos) e dois tercetos (estrofes de três versos). Outro não tão conhecido, mas igualmente curioso é o haicai, breve poema de origem japonesa, com 17 sílabas poéticas (5-7-5), em três versos sem rima. 

Leia mais sobre: Género Lírico: o que é, estilos, características e poesias famosas

Por fim, o género dramático é composto por textos pensados para serem representados em um palco por atores e atrizes, diante de um público. Neste género, estão a sátira, a comédia, tragicomédia e a farsa. Temos um texto carregado de diálogos, atos (ou cenas) e a ausência (quase sempre) de narrador. Vale mencionar um dos grandes nomes deste género literário: Nelson Rodrigues. 

Já decidiu qual é o seu género literário favorito?

Organize as suas ideias

Com o caminho pelo qual quer trilhar, é preciso organizar as suas ideias. Para escrever um livro, é preciso ir além de uma única ideia inicial. Comece a rascunhar tudo que vem à mente. Escreva, reescreva e corrija quantas vezes forem necessárias. O começo pode ser tortuoso, mas com ideias claras e vem organizadas, este obstáculo pode ser facilmente superado. 

É comum autores terem anotações no celular ou no bloco de notas do computador, com todos os insights ou desejos para uma nova história. Não há regras. Nesta etapa de estruturação, o mais importante é não perder nenhuma boa ideia.

Defina uma rotina de escrita

Escrever é um ofício que exige constância. É preciso que o qescritor entenda que a prática o faz melhorar gradualmente. E isso só é possível com a criação de uma rotina. Não é possível escrever todos os dias durante horas? Não tem problema. Comece com o que é possível e vá ajustando, aumentando as horas diárias/semanais, até conseguir um ritmo que lhe permita vislumbrar o término do manuscrito.

Como escrever um livro: 

Crie a pensata, sinopse e o argumento

Esses três elementos ajudam o escritor a entender melhor, de forma resumida, como é será sua história. A pensata pode ser entendida como a ideia ou tema central do livro. Composta por poucas frases, tem a função de capturar a atenção do leitor. 

A sinopse é a extensão da pensata, apresentando personagens e o conflito. Já o argumento pode ter algumas páginas, explicar bem sobre a história e até ter spoilers e entrega do final. Tem a função de convencer um editor, por exemplo, de que aquela história vale a pena.

Estruture sua história:

A estruturação do livro é essencial para textos narrativos, sejam eles ficcionais ou não. Por se tratarem de narrativas menos “objetivos” que os líricos e dramáticos, podem ter centenas de páginas, a estruturação auxilia os escritores na visualização macro da história.

Existem diversas técnicas e formas de estruturação. Mas a estruturação por capítulos é a mais comum. Desde o prefácio/prólogo, até o posfácio/epílogo, há uma grande jornada e é aconselhável o autor escrever frases curtas para cada capítulo sobre o que acontecerá. Dessa maneira, os escritor saberá desde o início como começará e terminará o texto. Claro, mudanças podem ocorrer durante o processo.

Escritor arquiteto ou jardineiro?

Apesar dos elementos estruturais de um livro, alguns escritores optam por não seguir essas práticas, partindo direto para a escrita do livro. Um grande exemplo de autor que segue este caminho é o estadunidense Stephen King, famoso por suas histórias de terror. Por diversas vezes, declarou que “senta e escreve”, não estruturando as suas histórias previamente. 

Popularmente, chamamos de “escritor arquiteto” aqueles que estruturam suas histórias, e “escritor jardineiro” aquele que planta uma história e semeia suas palavras sem saber como serão os ramos deste livro. Não existe um melhor do que o outro, todavia, para novos escritores, o recomendado é estruturar antes de escrever.

Desenvolva os elementos da narrativa

Dedicaremos uma das nossas 10 dicas exclusivamente aos textos narrativos, mais populares entre leitores e escritores. OK? Bom, o que é uma narrativa? A narrativa é a contação de uma história, com suas ações e acontecimentos envolvendo personagens, fictícios ou reais. 

Geralmente, as narrativas obedecem a uma estrutura padrão com introdução, desenvolvimento e conclusão. E há diversos elementos que compõe uma narrativa. São eles:

Enredo: conjunto de todos os fatos e acontecimentos ocorridos. Pode ser dividido em: situação inicial, conflito, desenvolvimento, clímax e desfecho.

Tempo: diz sobre o desenrolar da história, podendo ser cronológico ou psicológico.

Espaço: onde se passa a narrativa.

Ação: atos, movimentos, falas e pensamentos.

Narrador: quem conta a história, podendo ser:

Narrador personagem;

Narrador observador ou

Narrados onisciente.

Personagens: podendo ser:

Protagonista;

Antagonista;

Secundário.


Escreva

A partir de todo esse entendimento, não há muito mais o que falar. Escreva, escreva e escreva. Como já dito, quanto mais se escreve, melhor o escritor fica. É comum e natural que autores não fiquem satisfeitos com as suas primeiras histórias, mas sempre fica a lição sobre o que ou onde melhorar. O amadurecimento é natural.

Como escrever um livro - final

Revisão, publicação e venda de um livro

Terminar de escrever um livro não basta. É preciso ajustar o texto para ficar ideal para publicação. Agora, é o momento de mostrar o seu livro para especialistas, como revisores e diagramadores. 

Antes de publicar, revise sua obra

A revisão do texto é etapa essencial e indispensável. Pode ser necessário que sua história passe para crivo de dois perfis profissionais: leitor crítico e leitor beta. Ambos têm a função de encontrar problemas na narrativa, sendo o leitor beta uma atividade com menor responsabilidade técnica. Para entender mais sobre essas atividades, acesse:

Leitura beta: o que é e porque é importante para os autores

Leitura crítica: o que é e a sua importância para os escritores

Após essa etapa de validação da história, é preciso revisar o texto, onde o profissional do livro apontará erros gramaticais e ortográficos.

Escolha uma plataforma para publicação, distribuição e venda

A jornada de escrita e preparação de um livro é longa e árdua, correto? Portanto, é recomendado publicar o livro onde haverá maiores chances de ser visto e, consequentemente, ser vendido. 


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