Parte central da trilogia “Princípios de Ordem Política”, que começou em 2010, com a edição de “Autoridade”, e que culminará com um ensaio sobre o Amor, Miguel Morgado analisa a origem da soberania nas suas várias vertentes, incluindo na soberania partilhada, reflectindo sobre a experiência da União Europeia.
«A soberania continua a ser a chave do político. A soberania foi o destino do Estado moderno. Foi a sua coroa e o seu oxigénio. Na soberania há algo da vitalidade do político que os seus detractores desconhecem. E há algo da perigosidade do político que os seus proponentes desvalorizam. A soberania pode ser vista como refúgio de segurança ou fonte de ameaça mortal. A soberania é nociva e supérflua, igualitária e hierárquica, moderna e obsoleta, uma arma e uma ilusão. Este livro tenta fazer justiça a detractores e a proponentes da soberania. Aqui, não se hesitará em dar razão a quem a tiver, nem a declarar vitória provisória se uma das partes estiver a levar a melhor. A fasquia é pura e simplesmente demasiado alta para registos de indiferença. O tema é demasiado actual e historicamente importante para discussões distantes. Está ligado a um sem-número de problemas políticos clássicos e outros que insistimos em criar na nossa era. Teremos de seguir esse debate onde nos levar nos seus movimentos livres. Ou, pelo menos, tentaremos acompanhá-lo nalgumas das suas diferentes vagas.»
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