Está magnifica obra de John Le Carré já habita no ESPAÇO FERNANDO PESSOA da Revista Livros & Leituras. Um agradecimento à Dom Quixote.
Brilhante, feroz e comovente. É uma selvagem fábula dos nossos tempos.
Mas os tempos mudaram, e a amizade dos dois, renovada em nome de um idealismo tornado obsoleto, vai ser minada pelas cínicas manobras de uma América mais imperialista do que nunca.
Com este romance, le Carré fez o epitáfio da espionagem à moda antiga e dos valores ultrapassados que estruturavam o universo dos agentes secretos; depois do 11 de Setembro, as «causas justas» perderam o seu valor quando a América de Bush impôs a todo o mundo a marcha forçada da sua autoglorificação triunfalista e hegemónica.
Com este romance, le Carré fez o epitáfio da espionagem à moda antiga e dos valores ultrapassados que estruturavam o universo dos agentes secretos; depois do 11 de Setembro, as «causas justas» perderam o seu valor quando a América de Bush impôs a todo o mundo a marcha forçada da sua autoglorificação triunfalista e hegemónica.
Lançando um olhar cruelmente céptico sobre as manobras maquiavélicas de uma América envolta na sua boa consciência, le Carré denuncia também a cega mesquinhez do homem, e a sua mensagem desesperada perseguirá o leitor durante muito tempo após a leitura da última linha.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
"Le Carré regressa à forma plena da mão que escreveu O Espião que Saiu do Frio e a Trilogia de Karla. O escritor regressa ao seu território favorito, a Alemanha, a de Berlim e também a de Hamburgo, de Munique e de Heidelberga, um país da Europa onde passeiam fantasmas antigos e novos figurantes.
Nota-se o gosto germanófilo pela paisagem e a literatura da Alemanha, a sua filosofia, o enamoramento pelo Romantismo Alemão.
O subtexto de Amigos Até ao Fim é uma homenagem ao melhor da Europa, o seu Pensamento, a sua Literatura, aquilo que não foi suficiente para impedir o nazismo e o Holocausto. Um aviso vai dentro, as melhores intenções não nos protegem do Mal. E o Mal não existe, existem os homens."
Clara Ferreira Alves, Expresso
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