Satírico, cáustico, foi um estilista da língua e um cronista social impiedoso. O carismático autor britânico, filho do também escritor Kingsley Amis, tinha 73 anos e não resistou ao cancro no esófago.
Naquele dia, Martim Amis tinha um casaco uns bons números acima do seu tamanho. De cabedal, coçado. O colarinho da camisa também não se ajustava ao pescoço.
Como não podia fumar naquele espaço, ia bebendo goles de água de uma garrafa. Só falou no fim.
A voz saiu rouca na explicação: as roupas que vestia haviam sido de Saul Belloow, um dos escritores que mais o inspiraram, e que conheceu quando lhe pediram que o entrevistasse.
Ficaram amigos até à morte do Nobel da Literatura, em 2004.
Faleceu no dia 19 de maio.
In Público
Sem comentários:
Enviar um comentário