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segunda-feira, 3 de julho de 2023

Confirmo: "Relógio parou às 3 da manhã e FERNANDO PESSOA disse-me que não morreu de cirrose

O relógio do ESPAÇO FERNADO PESSOA, situado na sede da REVISTA LIVROS & LEITURAS, m Foros de Salvaterra, ficará a partir de hoje bloqueado nas 3 da manhã. 

Trata-se do reconhecimento ao facto de o POETA, um apaixonado pela numerologia, ter uma estima enorme por esse número

E porquê às 3 da manhã e não as 3 da tarde? Porque FERNANDO PESSOA escrevia quase sempre de noite. Aliás, escreveu 12 sonetos precisamente sobre a noite. Levantava-se de noite para para escrever...

A sua obra emblemática é MensagemO seu grande livro está dividido em 3 partes.


Hoje, dia 13 de junho, importa relembrar FERNANDO PESSOA.

Fernando António Nogueira Pessoa nasceu a 13 de junho (6) de 1888, pelas 15h20.

O parto ocorreu no 4.° andar esquerdo no n.° do Largo de São Carlos, na Freguesia dos Mátires da Pátria, em Lisboa.

Foi um grande poeta, astrólogo, tradutor...
Foi um mestre multifacetado como nunca existiu em lado nenhum no mundo.

FERNANDO PESSOA foi internado no hospital de S. Luís dos Franceses, no Bairro Alto, em Lisboa, no dia 29 de novembro de 1935, e veio a falecer no dia seguinte, pelas 20 horas.

Segundo relatam os seus biógrafos - embora muita háainda por descobrir - FER NANDO PESSOA opôs-se ao internamento.

As suas últimas horas foram passadas praticamente sozinho no seu quarto do hospital, apenas na companhia da enfermeira, do médico e do capelão.

As suas últimas palavras foram “dê-me os óculos” e " Não sei o que amanhã me trará. Escreveu em inglês: "I know not what tomorrow will bring." 

PESSOA nunca foi talhado para o seu, tempo, espaço e para a sociedade que o recebeu. Pedir os óculos foi resignar-se - teve mesmo  de ser!

Alguns pessoanos defendem que o facto de FERNANDO PESSOA se ter oposto ao internamento, sabendo muito bem o seu estado grave de saúde, que quis apressar a morte, pois segundo o seu mapa astral teria de morrer no dia 30/11/1935.

O diagnóstico médico indicava “cólica hepática” associada a cirrose, muito provavelmente causada pelo consumo excessivo e prolongado de álcool, mas alguns estudos contestam esta ideia e defendem que a causa de morte poderá ter sido uma inflamação aguda no pâncreas.

Lado "piadolas" do autor deste texto

Fernando Pessoa já me confirmou que não morreu de cirrose: "Foi o pâncreas, Mário". E continuou: "C'est vrai, Mariô". Atenção, isto é verdade. Fui eu que assim o quis. Coloquei no seu copo de vinho uma prosopopeia. Até contou as voltas que deu com a Ofélia na...

Lado "seriolas" do autor do texto...

Sim. Bebia muito e tinha inflamação no Fígado, mas não morreu de cirrose. Mais tarde, os estudos apontaram como causa da morteuma inflamação aguda no pâncreas

- E? 

- E? O pâncreas não é o figado. O meu olho direito não é o esquerdo. Ok? No entanto, morreu de uma pancriatite

- O que é isso? 

- É uma inflamação aguda no pâncreas! Causada devido ao que? Devido ao álcool.

 Ah!...

- Ah ou houve? Não há cirrose no pâncreas, assim como nunca houve garrafas de aguardente congelada em Casa de Fernando Pessoa por dois motivos. 

Bebia antes? 

Sim! 

E o outro motivo? 

- O álcool nunca congelou!

Terá feito questão de se despedir com duas frases: "

"Amanhã, não sei onde estarei"... "e dê-me os óculos"...

Imaginem que volvidos quase 70 anos, quem tiver problemas graves no pâncreas é bom que dê descanso à família e trate das suas próprias cerimónias fúnebres.

De dia, trabalhava e ao fim de semana estava com os amigos e bebia copos. Sim, bebia copos. Muitos. Qual o mal? Morreu como quis. Terá, segundo vários investigadores na vida de FERNANDO PESSOA, apressado a morte para morrer naquele dia.  

Vamos todos morrer. E morreu de cirrose? Não! Morreu no dia 31/11/1935

Reparem bem nesta sumidade da numerologia, que odiava os números pares. E poderia continuar a somar. Haveria, há e haverá ainda muito para escrever sobre o Rei da Poesia.

Mário Gonçalves  / Diretor

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