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quarta-feira, 3 de julho de 2024

"Hoje há Caviar, Amanhã Sardinhas"

A Casa das Letras edita na próxima quarta-feira, 9 de julho, "Hoje há Caviar, Amanhã Sardinhas"

AS memórias da escritora Carmen Posadas, escritas em colobaração com o irmão Gervasio, uma viagem por várias capitais mundiais acompanhada de 25 receitas (do pastel de falsa lagosta à sobremesa de chocolate a que ninguém resiste) e de inúmeras histórias com figuras reais como a Princesa Diana, Richard Nixon e Leonid Brezhnev.

A autora de "Filha de Cayetana" e "A Lenda de la Peregrina" recorda as aventuras e desventuras da família no seu vaivém constante pelas diferentes cidades para onde o pai, embaixador do Uruguai, é destacado. 

Um relato narrado a três vozes – a de Carmen, Gervasio e da mãe de ambos. Madrid, Moscovo, Nova Iorque a Londres, entre cocktails, almoços e receções, com um elenco de personagens entre as quais se contam a rainha Isabel II, mas onde se explica também o desespero para tentar manter as aparências da embaixada de Uruguai, sem dinheiro para pagar as opulentas recepções oficiais. 

"– O amor é como um súfle – costumava dizer a nossa mãe – algo muito, mas mesmo muito difícil de cozinhar. Se abrimos o forno durante a cozedura, ≪constipa-se≫; se demoramos a abri-lo, transborda.

Às vezes, fica cru por dentro, outras fica queimado, a maior parte das vezes, abate… A vida dos diplomatas também se assemelha a um súfle, mas por razões diferentes: aparentemente, vista de fora, é dourada, redonda, bela.

Cheira bem e dá gosto vê-la. Mas por dentro, é outra coisa. E o pior não é o facto de estar cheia de ar (que está) como muitos pensam maliciosamente.

O pior é que sobe e desce: um dia estamos a comer caviar numa recepção no Kremlin ou a tomar chá com a rainha de Inglaterra e no dia seguinte estamos a comer uma sanduíche de sardinhas enquanto carimbamos documentos num gabinete minúsculo de um ministério obscuro.

Talvez por isso, os filhos dos diplomatas, costumam pertencer a dois grupos muito diferentes: os que odeiam a vida precária e instável e fazem todos os possíveis por aparentar, por pertencer, por 'estar', e os que se habituam a montanha-russa e necessitam de que a sua vida seja uma perpétua injeção de adrenalina. 

Não sabemos muito bem a que categoria eu e o Gervasio pertencemos", escreve Carmen para quem a vida nómada começou em 1965, quando o pai foi nomeado embaixador em Madrid. 

Um romance divertido e e saboroso que leva o leitor num passeio pela Madrid da década de 1960, imersa no seu franquismo tardio.

Depois, pela Moscovo de Brezhnev dos anos 70 do século XX e, mais tarde, pela Londres da década de 1980, em plena euforia de Lady Di.

Uruguaia de nascença, CARMEN POSADAS vive em Madrid desde 1965, embora tenha passado longos períodos em Moscovo, Buenos Aires e Londres. Começou por escrever para crianças e, em 1984, recebeu o Prémio do Ministério da Cultura espanhol para o melhor livro infantil desse ano.

É também autora de ensaios, guiões de cinema e de televisão, de relatos e de vários romances, entre os quais se destacam Pequenas Infâmias, galardoado com o Prémio Planeta de 1998 – e objeto de críticas excelentes no The New York Times e no The Washington Post –, A Filha de Cayetana, A Mestra de Marionetas e A Lenda de La Peregrina.

Traduzidas para 30 línguas, todas as suas obras têm tido um acolhimento internacional incomparável, por parte dos leitores e da imprensa especializada.

Em 2003, a revista Newsweek aclamou Carmen Posadas como «uma das autoras latino-americanas mais relevantes da sua geração».



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