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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Nora Roberts tem 200 best-sellers publicados

Nasceu Eleanor Marie Robertson, no dia 10 de outubro de 1950, Silver Spring, Maryland. Hoje é conhecida por todos como Nora Roberts, sendo a escritora norte-americana com mais de duzentos best-sellers publicados. Escreve, ainda, a “Série Mortal”, com o pseudónimo J. D. Robb.

Com uma carreira como escritora plena de êxitos, Roberts foi a primeira mulher a figurar no Romance Writers of America Hall of Fame. A partir de 2011, os seus romances totalizaram 861 semanas na lista de best-sellers do New York Times, incluindo 176 semanas no primeiro lugar do top.

Percurso como romancista não foi fácil e teve um início curioso. Nora Roberts começou a escrever durante um nevão, ocorrido em fevereiro de 1979. Presa em casa, mãe solteira, de duas crianças pequenas, sem escola, decidiu que a melhor forma que tinha de se ocupar era escrever. Enquanto escrevia pela primeira vez, apaixonou-se pelo processo de escrever e rapidamente redigiu três manuscritos. Enviou-os à Editora Harlequin, líder em publicação de romances, mas foram rejeitados várias vezes. Relembra Nora Roberts, "Recebi a rejeição padrão nas primeiras tentativas para depois receber a minha recusa favorita. Enviaram o meu manuscrito de volta com um gentil bilhete que dizia que o meu trabalho era promissor e que a história havia sido muito bem escrita e interessante. Contudo, a editora já tinha a sua autora americana e ela era Janet Dailey".

Em 1980, uma nova editora, chamada Silhouette, surge e é aqui que as obras de Nora Roberts encontram o seu espaço. Com a publicação do seu primeiro livro, em 1981, adoptou o pseudónimo Nora Roberts, uma forma abreviada do nome de batismo, porque acreditava que todos os autores tinham pseudónimos.  O livro rapidamente tornou-se um best-seller.

Nora Roberts escreve frequentemente trilogias e as suas pesquisas são feitas principalmente através da internet, pois a autora tem pavor a voar.
 Muitas vezes subestimada pela crítica, é inegável que o trabalho de Roberts foi fundamental para mudar a forma como se escrevia um romance, afastando-os do padrão com uma heroína virgem de dezoito anos e uma representação superficial do personagem masculino. As suas heroínas sempre foram representadas por mulheres fortes e independentes bem diferentes do que era norma da época. Os romances também incluíam uma abordagem mais profunda do herói porque "os livros são sobre duas pessoas, e os leitores devem ter a oportunidade de conhecer a mente e coração de ambos". 

A carreira de Nora Roberts é apresentada na obra A Natural History of the Romance Novel, escrita por Pamela Regis. Regis considera Roberts "a mestre do romance porque ela tem 'um ouvido apurado para o diálogo, constrói cenas ágeis, mantém o ritmo ao longo das páginas e proporciona uma caracterização convincente das personagens e das cenas". A Publishers Weekly elogiou o seu "humor irónico e o uso de diferentes narradores, uma inovação introduzida pela escritora" no género de livros de romance.
Nora Roberts sempre quis escrever romances de suspense, ao estilo de Mary Stewart. Aconselhada pela sua editora, publica os romances de suspense sob o novo pseudónimo, J.D. Robb. As iniciais J. e D. foram retiradas do nome dos seus filhos, Jason e Dan, enquanto Robb é uma forma abreviada do seu sobrenome.

Como J. D. Robb, Roberts publicou uma série de ficções científicas policiais, futurísticas. Todos os livros fazem parte da "Série Mortal", e a ação decorre na cidade de Nova Iorque, em meados do século XXI, protagonizados por Eve Dallas, uma agente da polícia nova-iorquina, e o seu marido, Roarke. Embora cada obra dê ênfase a solução de um crime, o tema central da série centra-se no relacionamento entre Eve e Roarke.
Quando a "Série Mortal" começou, nem Roberts, nem a editora revelaram quem era a autora. Eles queriam que a série conquistasse leitores por conta própria.
Desde 1999, todos os livros da autora têm sido um bestseller do New York Times, sendo que 124 dessas obras figuraram a lista de mais vendidos do Times, incluindo 29 que chegaram ao primeiro lugar. A partir de 2006, os romances de Roberts, têm passado um total de 660 semanas na lisa de mais vendidos do NYT, incluindo 100 semanas em 1o lugar. Nora Roberts possui mais de 280 milhões de livros impressos, incluindo as 12 milhões de cópias vendidas somente no ano de 2005. 

Os seus romances estão publicados em cerca de 35 países.
Membro fundador da Romance Writers of America (RWA), Roberts foi a primeira a ser homenageada no Hall da Fama da organização.

Em 2007, a revista Time considerou Nora Roberts como uma das 100 pessoas mais influentes, considerou que a autora "tem inspecionado, dissecado, desconstruído, explorado, explicado e exaltado as paixões do coração humano". 

Nora Roberts, voltou a casar em 1985. Conheceu o seu segundo marido, Bruce Wilder, quando o contratou para fazer estantes para os seus livros. A família vive em Boonsboro, Maryland, onde Wilder administra uma livraria chamada Turn the Page Books. A família é, ainda, proprietária do histórico “Boone Hotel” e uma pizzaria.

Tal como afirma Stephen King, fã e leitor assumido da autora, “Nora Roberts is cool”, citação de um artigo dedicado à autora da da The New Yorker (artigo disponível)
Há dias, o New York Times (artigo disponível), fez uma entrevista à autora, onde se falou inclusive de política. Têm sido pública a posição crítica de Nora Roberts à censura que têm sido alvo alguns livros. Por fim, aqui fica uma resposta da autora retirada da entrevista:
"- And the critics just didn’t think that the pedigree was right?
No. It was very easy to dismiss the entire genre and all the readers because they’re not reading something you think is good for them, like broccoli. Women buy books, and they buy them often. And they buy them sometimes by the bag full. And what’s wrong with that? I think we should all be able to read anything we want to read. Because when you think about the illiteracy rate in this country alone, every book read for pleasure is a miracle, a celebration. It’s glorious. And we have no right to demean someone’s choice of reading"

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Errus de Portogués: Fazer


Caiu o Carmo com a Trindade a observar quando escrevi "fazer-se". Pois é, eu também erro. Até Deus errou. Mas, desta vez, não tropecei! O único que tropeçou foi o agressor da Minha Amiga ROSA.

O serginho terá de ter muita atenção aos sabonetes nas casas de banho da prisão. Se eles caírem ao chão quando estiveres a tomar ganho, nunca os apanhes. Os presos são criminosos, mas não perdoam aos mafiosos que maltratam crianças e mulheres!

'Ambas as formulações são correctas, embora alguns professores prefiram o pronome reflexo junto do verbo principal: "Vou lavar-me", "deve fazer-se". A maioria dos especialistas defende, porém, que não pode haver aqui uma regra fixa, variando sempre a colocação do pronome conforme a eufonia e o ritmo da própria frase. Afinal de contas, segundo o estilo de quem escreve. Como pode ser verificado pela variada utilização de uma e outra fórmulas em consagrados escritores da língua portuguesa.

Vejamos, entretanto, um outro exemplo sugerido pela consulente Cristina Cruz: "Vou deitar-me" ou "vou-me deitar"?; "quero queixar-me" ou "quero-me queixar"?

A isto responde assim o dr. José Neves Henriques:

«O verbo reflexo é apenas deitar, e nunca vou. Mas ambas as frases estão correctas. Erra quem ensina que só é correcto "vou deitar-me", porque o pronome reflexo (ou reflexivo) me pertence a deitar e não a vou.

«De facto pertence, mas a forma verbal vou atrai a si o pronome. E se precedermos a frase dum advérbio, como por exemplo não, o pronome me ainda recua mais:

Não me vou deitar
   Soa um pouco melhor do que:
Não vou deitar-me.
   «Há casos em que a diferença entre as duas frases é ainda maior.
   «Ora comparemos:
Isto deve fazer-se assim.
Isto deve-se fazer assim.
Isto não deve fazer-se assim.
Isto não se deve fazer assim. '

in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa com Mário Gonçalves 

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Hoje, dia 6 de novembro, importa relembrar Sophia de Mello Breyner Andresen

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no dia 6 de novembro de 1919.

Foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX.

Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões. 

Repousa no Panteão Nacional desde 2014.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Hoje, dia 3 de novembro, importa relembrar Maria Madalena Valdez Trigueiros de Martel Patrício

Hoje, dia 3 de novembro, importa relembrar Maria Madalena Valdez Trigueiros de Martel Patrício (Lisboa, 19 de Abril de 1884 — Lisboa, 3 de Novembro de 1947).

Foi uma poetisa e escritora portuguesa. Autora de várias obras, em muitas delas assinou apenas como Maria Madalena (ou Maria Magdalena como era grafado à época), tendo começado em 1915 com um livro em língua francesa: Le Livre du Passé Mort.

Foi a primeira mulher portuguesa a ser nomeada para o Prémio Nobel da Literatura pela primeira vez em 1934 por Bento Carqueja, membro da Academia das Ciências de Lisboa, sendo ainda a portuguesa a quem se conhece o maior um número de nomeações (14 até 1947), um valor só suplantado por António Correia d'Oliveira com 15 nomeações.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Prima Contradição

Este livro inédito de Júlio Pomar mostra-nos o fulguroso saber poético de um dos mais importantes pintores portugueses, autor de dois livros de poemas.

«[Júlio Pomar,] nos últimos anos de vida, dedicou-se à realização de uma terceira obra poética, que nunca recebeu versão definitiva.

Deixou-nos, assim, um espólio de milhares de poemas, alguns concebidos como letras de fados (e destes, vários já musicados), muitos aparentemente inacabados, ou constando de variações sobre o mesmo tema, sem indicação de preferência entre variantes», esclarecem-nos os organizadores do volume, José Alberto Oliveira e José António Oliveira.