REVISTA LIVROS & LEITURAS

REVISTA LIVROS & LEITURAS, DESDE 2009, À DISTÂNCIA UM DEDO... WWW.REVISTALIVOSELEITURAS.COM...ATUALIZAÇÕES DIÁRIAS TAMBÉM NO FACEBOOK, TIKTOK, YOUTUBE, X E NO INTAGRAM...

segunda-feira, 26 de junho de 2023

História em livros - Sardinhas: "é uma questão entre Portugal e Espanha"



Nesta altura do ano, quando a sardinha está gorda e muito boa para consumo, volta-se à notícia das cotas de pesca e do controlo devido à preservação da espécie.

Esta semana, em Portugal, o Ministério do Mar veio garantir que esse assunto não é uma decisão da Comissão Europeia, mas sim “uma questão entre Portugal e Espanha”, disse a Ministra do Mar, quando se reportou, em conferência de imprensa, à sobrepesca da sardinha.

Ana Paula Vitorino garantiu que este assunto deve ser tratado entre Portugal e Espanha e que a paragem por um período de 15 anos, proposto pelo a avaliação de organismos científicos está baseada em estudos antigos.

Portugal e Espanha são dois dos países do mundo com a maior história na pesca da sardinha.

Há muitos séculos que a sardinha faz parte do cotidiano português e está presente “à nossa mesa”. Além de ser uma importante fonte de proteínas e nutrientes, ela pode ser cozinhada de diversas formas e até fazer parte da indústria conserveira.

Na Idade Média, era cozinhada em caçarolas com cebola, tomate e especiarias. Já no século XVIII, a técnica da salga tornou-se popular para conservar a sardinha, o que permitiu a sua exportação para outros países.

A partir do século XIX, as sardinhas são normalmente grelhadas, tradicionalmente durante os meses de verão.

Há quem goste de confecionar quiches, sopas de sardinha, cozidas, assadas no forno, de escabeche… É quase como o bacalhau! 

Em Portugal, só falta mesmo caírem sardinhas do céu. Muitas coisas acontecem em redor desta espécie: tudo se passa à volta do assador; não queremos saber dos garfos, elas são retiradas à mão, muitas vezes, ainda em brasa. Vai de chupar os dedos. Outras vezes, é no meio da rua, nas festas, noutros lugares. E até nos santos populares.

Temperos? Só mesmo sal grosso! O cheiro não disfarça. chega a todo o lado e até à roupa. O cheiro, esse, é inigualável e também indisfarçável.

Acompanhamos as sardinhas com batatas cozinhas, pimentos assados, tomate, pepino e… A forma de as comermos é simples e só nós o fazemos. Até as comemos em cima de uma fatia de pão. O bom azeite é fundamental.


Por que motivo, em Portugal, também se gosta de comer a sardinha no pão?

Julga-se que tudo terá começado num restaurante, em Lisboa, que servia sardinhas em cima de uma fatia de pão

Só a partir da Idade Média é que se começou a usar uma pequena placa de madeira – “o talhador” – onde se punha a comida, até essa época era em cima de pedaços de pão que se comia o peixe e a carne.

Mais tarde, quando o uso dos pratos se tornou habitual, o povo continuou a comer as suas refeições em cima de fatias ou bocados de pão.

By Pedro Nogueira Simões e Mário Gonçalves 

In Revista Livros & Leituras, El Obrero (em espanhol) e Chef Mário - My kitchen Blog

Sem comentários:

Enviar um comentário