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sexta-feira, 9 de junho de 2023

O “superpoder“poder criar um registo para que o futuro o possa ler

O “superpoder” do escritor reside no facto de “poder criar um registo para que o futuro o possa ler”, afirmou Salman Rushdie numa entrevista transmitida hoje pela RTP3 no programa “Todas as palavras”.

“Se considerarmos os escritores que foram perseguidos, o poeta Ovídio foi expulso por César para o mar Negro, mas a poesia de Ovídio sobreviveu ao império romano”, exemplificou o autor de “Versículos satânicos”.

Assim como a poesia de Federico García Lorca “sobreviveu ao fascismo espanhol” apesar de o poeta ter sido “assassinado pela falange”, sublinhou o escritor nascido em Goa, em 1947.

Por isso, o que os escritores conseguem fazer “é sobreviver à coisa que se lhes opões”, frisou Salman Rushdie numa entrevista a propósito do seu mais recente livro, “Victory City”.

Publicado em fevereiro pela Random House, “Victory City” deverá chegar às livrarias portuguesas no final deste ano e é o primeiro livro publicado por Salman Rushdie desde que, em agosto de 2022, foi vítima de um ataque quando iniciava uma palestra literária em Nova Iorque.

Terminado um mês antes do ataque que o deixou cego de um olho e com uma mão incapacitada, “Victory City” gira em torno de uma menina de nove anos, Pampa Kampana, que dão origem a um império fantástico mas que acaba por ser consumida por ele ao longo dos séculos.

A narradora do livro é a personagem principal da história, que dura 247 anos, tantos quanto o império e que só será descoberta ao fim de 400 anos, indicou o escritor.

In Lusa

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