Sob o olhar atento – e até satírico – do escritor, poeta, político e agricultor que, em bronze, observa a sua Casa-Museu, os municípios do Porto e de Freixo de Espada à Cinta juntaram-se, na manhã desta quinta-feira, para apresentar as celebrações do centenário da morte de Guerra Junqueiro.
Sessão evocativa a 7 de julho marca o arranque de um programa com publicações inéditas, exposições, concertos, cursos e oficinas para levar um dos mais importantes intelectuais portugueses a velho e novos leitores.
“O Porto tem o dever cívico de preservar e promover a obra de Guerra Junqueiro, considerando a relação especial do autor à cidade onde viveu e publicou muitos dos seus livros”, considera o presidente da Câmara.
Rui Moreira sublinhou como a cidade ofereceu ao escritor “um ambiente intelectualmente propício à sua criatividade literária, ao seu panfletarismo ideológico, à sua combatividade política”, numa relação que se comprovou recíproca ou não tivesse Guerra Junqueiro contribuído “substantivamente para que o Porto se afirmasse como catalisador de novas ideias, manifestos, movimentos e expressões artísticas”.
Assumindo a “honra para o Município do Porto” em organizar as comemorações, o presidente da Câmara evocou o autor cujo pensamento “ecoa ainda hoje como um apelo à consciência social e cívica”. Rui Moreira considera que Guerra Junqueiro “permanece atual na abordagem crítica e satírica de temas que, infelizmente, continuam a ensombrar os nossos dias, como a injustiça, a desigualdade, a corrupção ou a hipocrisia”.
In C.M. do Porto
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