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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Portugal, um História no Feminino


A Casa das Letras edita na próxima terça-feira, 21 de maio, "Portugal, Uma História no Feminino", da historiadora Ana Rodrigues Oliveira. 

De Dona Teresa de Leão e Castelo a Maria de Lurdes Pintassilgo esta é uma proposta de síntese interpretativa da História de Portugal contada do ponto de vista feminino. 

Mas além da primeira mulher que foi primeira-ministra conta-se a história da primeira mulher a integrar um governo, Maria Teresa Lobo (1929-2018), a vida de Maria Archer ou Maria Lamas, e de muitas rainhas que fizeram História, de Filipa de Lencastre a D. Leonor Teles.

São 30 mulheres de diferentes épocas, com perfis biográficos muito diversos, participaram na evolução histórica de Portugal. 

Muito mais do que uma coletânea de biografias esta é uma História de Portugal desde o início até aos nossos dias contada sob a perspetiva feminina, levando ao conhecimento público aspetos menos conhecidos do papel destas mulheres, da sua influência e atuação, dos seus percursos, objetivos, combates e quotidianos. 

No caso concreto das nossas rainhas, com exceção de duas, não ocuparam o trono por direito próprio, mas sim como consortes ou regentes, numa sociedade em que o trono se transmitia de forma hereditária ao primogénito varão e onde o papel das mulheres servia, essencialmente, o jogo de interesses e de alianças políticas entre linhagens ou reinos. 

No entanto, apesar de afastadas, por tradição, do governo do reino, a maioria destas mulheres conseguiu projetar o seu poder e a sua capacidade de influenciar os homens e mulheres que viviam ao seu redor, construindo extensas redes de relacionamentos de natureza muito diversa.

Mas não são apenas rainhas que este livro retrata. Dá, igualmente, a conhecer outras mulheres, que, com os seus erros e virtudes, com as suas circunstâncias pessoais e experiências de vida muito diversas, agiram e exerceram o poder, foram senhoras feudais, mecenas, filantropas, administraram latifúndios, escreveram, combateram por mais direitos, lutaram por aquilo em que acreditaram, alcançando notoriedade em diferentes esferas de atuação. 

Mulheres de todos os tempos que, embora muitas vezes coagidas por obrigações, educação e preconceitos, souberam lutar por um pensamento próprio e um mundo melhor, quer através da sua participação direta ou indireta no poder, quer da mudança de mentalidades, de códigos sociais ou morais da sociedade da época.

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