REVISTA LIVROS & LEITURAS

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domingo, 15 de setembro de 2024

Sete Noites

E se tivesse a possibilidade de ouvir Jorge Luis Borges discorrer, com a sua voz pausada e culta, sobre livros, filosofia e literatura? 

Ler Sete Noites é como viajar no tempo até ao teatro Coliseo de Buenos Aires, em 1977, e ter o privilégio de assistir a um conjunto de sete palestras imperdíveis proferidas pelo escritor argentino, numa altura em que já tinha perdido a visão. 

É aqui que descobriremos o contexto de uma das muitas frases que o eternizaram: «Tinha sempre imaginado o Paraíso como uma espécie de biblioteca.»

Borges aborda alguns dos grandes temas que o fascinaram ao longo da vida: o Oriente e o Ocidente, As Mil e Uma Noites, o sonho e o pesadelo, a realidade e a ficção, a poesia, a Divina Comédia, a cabala, o budismo ou a cegueira – ouvindo-o confessar que perdeu a conta às vezes que leu a Divina Comédia, ou acompanhando o seu raciocínio sobre o papel dos sonhos: «E se os pesadelos fossem gretas do Inferno?» 

Podemos, com Borges, explorar o sentido do «livro infinito», cujo título «é um dos mais belos do mundo» e, por fim, em tom de confidência, ouvi-lo falar do lado íntimo da sua cegueira: «O mundo do cego não é a noite que as pessoas supõem.»

Sete Noites chega a 19 de setembro às livrarias, com tradução de José Colaço Barreiros, e dá continuidade à série de capas retiradas do tríptico As Tentações de Santo Antão, do pintor Hieronymus Bosch, exposto no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Está nas vossas 🤲

A EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ALDULTOS é um investimento que dará frutos a longo prazo e em diversas áreas: competitividade, bem-estar, populações saudáveis, crescimento e muito mais. 

A educação e formação de adultos (EFA) contribuiu para mudar vidas e transformar sociedades.

Hoje, existem cursos para todos os sabores e gostos. Higiene e Segurança no Trabalho, Primeiros Socorros, Trabalho em Equipa, Comunicação... são apenas alguns exemplos.

Qualquer empresa valoriza um candidado a um emprego com estas habilitações. É importante para a empresa ter, in sito, um funcionário com estes saberes.

Ao Centro EFA caberá a tarefa de começar por demonstrar que os professores de hoje já não usam a palmatória. 

Importa motivar, logo de início, o adulto. Puxar por ele, quase sempre desmotivado e triste. Mostrar que ele consegue. Elogiá-lo, principalmente as suas interações e saberes. Aproveitar para o desafiar a trazer amigos e família ao Centro Qualifica. 

Mostrar na comunicação que ele conseguiu e não é velho.

Ao adulto, importa lembrar que ele, ao regressar à escola, demonstra aos seus filhos que eles devem fazer como os pais e não desistem. Que acreditam neles. 

Passar a falar diariamente do estudo e da escola em casa passa a ser recorrente.

Inscrevam-se num Centro Qualifica. É de borla, há apoios e traz vantagens. 

Mário Gonçalves | Mestre em Ciências da Educação com Especialização em Formação de Adultos.

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Diálogos Lusitanos

Prestigiado professor na Universidade de Brown, nos Estados Unidos, durante mais de quarenta anos, Onésimo Teotónio Almeida é um reconhecido historiador, doutorado em Filosofia, que surpreende sempre com o seu pensamento arrojado, como se prova pela citação com que abre o seu novo livro, Diálogos Lusitanos, que fica disponível a 12 de setembro.

Escreve assim o autor açoriano em nota de rodapé: «Se o leitor gostou desta citação retirada de um texto publicado numa revista académica, então o presente livro talvez não seja uma boa leitura para si.» 

Apresentações feitas, dúvidas desfeitas. O regresso de Onésimo Teotónio Almeida, que não publica desde o premiadíssimo O Século dos Prodígios do final de 2018, não se perde naquilo que o próprio autor define com uma «linguagem floreada, pesada, excessivamente ornamentada, indireta e oblíqua».

E é de forma límpida e frontal que Onésimo Teotónio Almeida regressa com Diálogos Lusitanos, um livro que, na linha de pensamento do autor, se debruça sobre questões da cultura portuguesa e alguns dos seus nomes ligados à literatura. 

«Estes ensaios prolongam as conversas com os livros De Marx a Darwin, Despenteando Parágrafos e A Obsessão da Portugalidade, com que tenho tentado contribuir para o que até aqui me parece ser um diálogo de surdos em que cada um fala e ninguém responde, nem sequer simplesmente fazendo eco.»

Os ensaios, esses, tratam de Fernando Pessoa, Vergílio Ferreira, José Saramago, Eduardo Lourenço, Natália Correia, José Rodrigues Miguéis, José Enes ou Jorge de Sena. Um diálogo descontraído com o visível e o invisível dos nossos grandes mitos e incertezas.



Dormir É Facil



Como tratar a insónia sem recorrer a fármacos.


O novo livro de André Ponte e Henrique Prata Ribeiro, “Dormir é Fácil” chega às livrarias no dia 10 setembro e tem um plano inovador para acabar com a insónia, sem a utilização de fármacos.


“Dormir à Fácil”, de André Ponte e Henrique Prata Ribeiro, médicos especialistas da área no sono, vem destruir mitos e preconceitos em torno do sono e apresenta um plano inovador para acabar de vez com a insónia, sem recurso à farmácia. Com prefácio de Daniel Sampaio, este livro que a LUA de PAPEL agora edita, tem uma abordagem completamente inovadora que pretende contribuir para a diminuição da prescrição de ansiolíticos.  

Sobre o livro

“A insónia é uma doença de 24 horas. O seu impacto não se resume à dificuldade em adormecer ou manter o sono durante a noite. Tem implicações no dia seguinte, prejudicando o nosso raciocínio, humor, energia e qualidade de vida. (…) Não admira que exista uma procura crescente de medicamentos nesta área, com ou sem receita médica.


No entanto, a primeira linha de tratamento, consensualmente aceite por todas as guidelines, sociedades do sono ou especialistas, não é farmacológica e baseia-se em princípios da Terapia Cognitivo-Comportamental dirigida à insónia (TCC-i). Infelizmente, ter acesso a técnicos qualificados para o efeito é bastante mais difícil do que deveria ser. Continuamos a ter no nosso sistema público uma grande dificuldade de acesso à psicoterapia – ainda mais se falarmos de psicoterapia especializada.


Considerando que a insónia deve ser sempre tratada, o nosso objectivo com este livro é fazer com que as pessoas possam tratar a insónia na sua própria casa, sem que tenham de recorrer a fármacos numa primeira abordagem, com base nos conceitos mais atualizados.”


Sobre os autores


André Ponte nasceu na Terceira e cresceu em São Miguel, nos Açores. Estudou Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e formou-se em Psiquiatria no antigo Hospital Júlio de Matos.


Desde sempre teve interesse na área da Medicina do Sono, tornando--se Sonologista certificado pela European Sleep Research Society em 2023. Regressou aos Açores em 2020, onde desempenha a sua atividade clínica como psiquiatra no Hospital Divino Espírito Santo de Ponta Delgada e é responsável pela consulta de Insónia na CUF Açores.


Henrique Prata Ribeiro é um médico psiquiatra de Coimbra, onde tirou o curso e jogou rugby. Igualmente formado no Hospital Júlio de Matos, aí se tornou amigo de André Ponte, com quem colaborou em vários projetos, como o livro Urgências Psiquiátricas e um estudo acerca do impacto da COVID-19 na Saúde Mental.


Envolveu-se em diversas ações, com vista a garantir direitos e acesso a cuidados aos doentes portugueses, aliando a Psiquiatria à Saúde Pública.


É psiquiatra no Hospital Beatriz Ângelo, assistente convidado na Católica Medical School e coordenou a Estrutura para a Saúde Mental dos Açores.

Por Cada Sorriso Falso

 


Da autora bestseller de A filha da minha melhor amiga, um thriller francamente alucinante.

A terapeuta e profiler Kez Lanyon fica chocada quando encontra um bebé no banco de trás do seu carro, com um bilhete anónimo a pedir-lhe que tome conta dele. 

Kez tem uma boa ideia de quem é a mãe – Brandee, uma popular estrela das redes sociais com um passado problemático, que já viveu em casa de Kez.

Brandee saiu recentemente da ribalta e, se os rumores da Internet forem verdadeiros, Kez sabe que a vida dela está em perigo. 

Agora, está dividida. Deverá simplesmente tomar conta do bebé, como lhe foi pedido, ou arriscar a segurança da própria família mexendo alguns cordelinhos para salvar esta jovem mulher?

O tempo está a esgotar-se para Brandee. Conseguirá Kez encontrá-la antes que seja demasiado tarde?

domingo, 8 de setembro de 2024

IDEIAFIX E OS IRREDUTÍVEIS – Os Irredutíveis Vão ao Circo

 


Estamos no ano 52 antes de Cristo. Toda a Lutécia está ocupada pelos Romanos... Toda a Lutécia? Não! Um pequeno grupo de irredutíveis animais lutecianos, liderados por Ideiafix, resiste ainda e sempre ao invasor.


E a vida não é nada fácil para o general Labieno e a corja de cães que tentam romanizar Lutécia...

Em Lutécia sê luteciano, por Canitatis. 


Nas livrarias a 3 de setembro.

«Mundo Material»: a história de como as matérias-primas moldaram a sociedade moderna

Apesar de vivermos num mundo que parece atribuir cada vez menos valor aos objetos tangíveis, quase todas as coisas, incluindo a internet e as redes sociais, assentam em infraestruturas físicas das quais dependem para funcionar. Estas são construídas a partir de matérias-primas que são fundamentais para a existência do mundo moderno, mas que nem sempre são valorizadas fora do mercado onde circulam. 

O mundo não acabaria se a rede social X, o antigo Twitter, deixasse de existir, mas a situação seria muito diferente se, de repente, houvesse escassez de aço ou de gás natural. Como referiu Ed Conway, «podemos saber o preço de uma coisa, mas o preço não é o mesmo que a importância».

Foi procurando refletir sobre a nossa dependência em certas substâncias, e não no preço que elas custam, que Conway, jornalista e editor de Economia do canal de televisão britânico Sky News, escreveu Mundo Material – Uma história substancial do nosso passado e futuro, considerado o livro do ano pelo Financial Times, The Economist, New Statesman e The Times.

Esta história do mundo material, que é também uma «história de deslumbramento», desenrola-se em torno de seis substâncias: areia, sal, ferro, cobre, petróleo e lítio. 

Apesar de não serem as únicas relevantes, são aquelas sem as quais seria difícil imaginar a civilização atual, porque são usadas ou desempenham papéis importantes na obtenção de produtos de que dependemos ou de serviços de que precisamos. São também as mais difíceis de substituir.

«Os seis materiais descritos neste livro podem não ser escassos. Podem não parecer ou dar a impressão de ser particularmente atraentes. Só por si, não são especialmente valiosos. Mas são os componentes básicos do nosso mundo», escreveu o autor no capítulo introdutório. 

«Alimentaram a prosperidade dos impérios. Ajudaram-nos a construir cidades e a arrasá-las. Alteraram o clima e, a seu tempo, poderão ajudar a salvá-lo. Estes materiais são os heróis esquecidos da idade moderna, e é tempo de ouvirmos a sua história.»

Mundo Material – Uma história substancial do nosso passado e futuro chega às livrarias a 12 de setembro, pela Temas e Debates. 

O hábito de ler com as crianças

Você sabe tudo o que a literatura infantil de qualidade é capaz de oferecer à sua família?

É comum que pais, mães e educadores busquem formar leitores pensando em benefícios como a melhora no desempenho escolar. Entretanto, quando as crianças entram em contato com bons livros desde a primeira infância, os impactos positivos vão muito além do que imaginamos.

O hábito de ler com uma criança:

AUMENTA 14% seu vocabulário.

AUMENTA 27% sua memória de trabalho.

DIMINUI 25% problemas de comportamento segundo estudo realizado pela Universidade de Nova Iorque, em colaboração com o IDados e com o Instituto Alfa e Beto.

Literatura infantil, empatia e conhecimento

Se um conhecimento histórico é transmitido por meio da ficção, ele terá mais impacto no leitor do que em um livro informativo.

MARIA NIKOLAJEVA

A literatura de qualidade é o texto com maior capacidade de desenvolver a empatia e nos ajudar a compreender a realidade, pois ela:

Permite aprender sobre diferentes culturas e momentos históricos.

Estimula as habilidades sociais.

Apresenta diferentes estéticas e amplia o repertório.

Possibilita vivenciarmos perspectivas diferentes daquelas que experimentamos em nossa bolha pessoal.

Obras meramente informativas, livros-brinquedo não literários, livros sensoriais, entre outros gêneros não literários, podem ser interessantes em alguns contextos, mas não são a melhor opção para o desenvolvimento infantil.

Um bom livro de literatura não pretende ensinar algo. Mas é o que mais ensina. Sobre nós mesmos, sobre o outro, sobre nosso lugar no mundo. Eles despertam reflexões, debates e muitas vezes nos tiram da zona de conforto.

By Quindim

«Todo este livro é um riso que peleja»

Mais de vinte anos volvidos sobre a anterior edição na Livros do Brasil, Uma Campanha Alegre, de Eça de Queiroz, volta a estar disponível no seu catálogo. 

Um retrato satírico do Portugal do século XIX, que atira farpas à corrupção do Governo, à hipocrisia da igreja e à injustiça social.  

Reúnem-se neste volume as páginas escritas por Eça de Queiroz entre maio de 1871 e outubro de 1872 para As Farpas, publicação satírica mantida em conjunto com Ramalho Ortigão. 

Quando da sua primeira compilação, vinte anos após a escrita, Eça deu-lhe o título de Uma Campanha Alegre e justificou desta forma a sua escolha: «Todo este livro é um riso que peleja. 

Que peleja por aquilo que eu supunha a Razão. Que peleja contra aquilo que eu supunha a Tolice.» 

Retrato da sociedade e da cultura portuguesas da época, estas são notas de um observador exímio e de um escritor com um dom singular para a ironia.



Hoje é o Dia Internacional da Literacia

O Dia Internacional da Literacia é celebrado anualmente a 8 de setembro, desde 1967, após ter sido inicialmente proclamado pela Unesco em 1966. Este dia tem como objetivo salientar a importância da literacia para todos - indivíduos, comunidades e sociedades.

A literacia é um direito humano fundamental para todos. Abre a porta ao exercício de outros direitos humanos, a maiores liberdades e à cidadania global. No entanto, dados fornecidos pela UNESCO, referem que, em 2022, pelo menos um em cada sete adultos com 15 anos ou mais (765 milhões) não possuía competências básicas de literacia. 

Além disso, milhões de crianças estão a lutar para adquirir níveis mínimos de proficiência em leitura, escrita e cálculo, enquanto cerca de 250 milhões de crianças dos 6 aos 18 anos não frequentam a escola.  

O tema para este ano é «Promover a educação multilingue: Literacia para a compreensão mútua e a paz». Surge da necessidade de aproveitar o potencial transformador da literacia para promover a compreensão mútua, a coesão social e a paz. 

No mundo de hoje, em que o multilinguismo é uma prática comum para muitos, capacitar as pessoas através da adoção de uma abordagem multilingue para o desenvolvimento da literacia e da educação, é particularmente eficaz pelos seus benefícios cognitivos, pedagógicos e socioeconómicos.

Esta abordagem pode ajudar a promover a compreensão e o respeito mútuos, ao mesmo tempo que solidifica as identidades comunitárias e as histórias coletivas. 

A celebração deste dia terá lugar nos dias 9 e 10 de setembro de 2024, em Yaoundé, Camarões. Incluirá uma conferência global e a cerimónia de entrega dos Prémios Internacionais de Literacia da UNESCO, entre outros debates. 

Este Dia foi proclamado na Resolução 73/145 adotada na Assembleia Geral da ONU de 17 de Dezembro de 2018.

Eurocid