Em 1951, o americano George Whitman abriu uma livraria em Paris, num prédio clássico do século 16, na simpática Rue de la Bûcherie, nas margens do rio Sena, nas proximidades da catedral de Notre Dame.
Ele batizou-a Le Mistral, e essa poderia ser apenas mais uma das inúmeras livrarias de Paris. Mas o destino não quis assim.
Em 1964, ano do 400º aniversário do nascimento de William Shakespeare, Whitman mudou o nome do estabelecimento para Shakespeare and Company, em homenagem a uma antiga livraria de Paris.
Ponto de encontro de leitores anglófonos, a livraria Shakespeare and Company é mais que uma referência literária, é uma verdadeira instituição da capital francesa. Instalada no Quartier Latin, em seus concorridos saraus de leitura ecoaram as vozes de Lawrence Durrell e de beatniks como Allen Ginsberg, William Burroughs e Gregory Corso – sendo que alguns desses escritores chegaram a morar no local, uma vez que, além de livraria, a Shakespeare and Company funcionou como hotel barato para autores iniciantes.
O lema da livraria, em duas frases: “Seja gentil com estranhos, pois eles podem ser anjos disfarçados” e “Dê o que pode, pegue o que precisar”.
Essas são as máximas do americano George Whitman, fundador da loja, que pedia a seus hóspedes que ajudassem na limpeza e no atendimento a clientes. Mais importante: pedia que lessem um livro por dia.
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