A refugiada ucraniana Daria Dimitriuk e a professora universitária Sandra Fernandes apresentam "Ucrânia Insubmissa", dos jornalistas da RTP, Cândida Pinto e David Araújo, que reúne, em livro, as muitas histórias e fotos que juntaram nas reportagens que fizeram no país.
No dia 20 de abril, às 21h00, inaugura também na estação de Metro São Bento, no Porto, a exposição “24.02.2022, o Dia Mais Longo que Nunca Mais Acabou”, que mostra os rostos e as cidades ucranianas, fotografadas por David Araújo, ao longo de vários meses de trabalho na Ucrânia.
Episódios passados na ponte de Irpin, em Kharkiv, no Donbass ou em Kiev. Relatos que acompanham a vida de Ilya que foi soldado, os noivos Anastasia e Vaicheslav que casaram numa paragem da guerra, de Vova, de 12 anos, que sobreviveu para contar uma história em voz ténue, sem verter uma única lágrima.
“Imprevisível. Foi esta a palavra tantas vezes ouvida no início da invasão russa da Ucrânia e pelo tempo fora. A princípio duvidava. Será que iriamos mesmo entrar numa guerra? Parecia-me impossível que, em 2022, não existissem vias de entendimento suficientes para evitar um conflito de grandes proporções no continente europeu. Estava enganada.
A 24 de fevereiro de 2022 eu e o repórter de imagem David Araújo encontrávamo-nos na cidade de Kiev, alvo prioritário da invasão russa de larga escala. A nossa missão era clara: dar testemunho, apesar de todas as limitações, do que estava a acontecer. Passámos por dias de grande incerteza, silêncio, amargura, medo, exaustão. Às vezes pequenas surpresas, breves alegrias. E depois aquela súbita vertigem de um míssil a mudar o correr das vidas. E os exemplos de resistência e resiliência de um país a ser interrompido e invadido – porém, insubmisso”, escreve Cândida Pinto, na introdução.
Sem comentários:
Enviar um comentário