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sábado, 6 de maio de 2023

Entrevista: "o essencial desta obra prende-se com a aviação militar e os riscos associados"



Aos 69 anos, Carlos Marques reformado da atividade seguradora, alcança agora o mesmo estádio no sindicalismo mais ativo.

Em 1992 voltou como vice-presidente e em 1999, por falecimento do presidente, assumiu interinamente as funções até às eleições ocorridas nesse ano, nas quais foi eleito presidente. Reeleito, até hoje, em sucessivas eleições, é, por inerência, membro do secretariado da FEBASE e da UGT.

Casado, dois filhos, quatro netas e um neto, apresta-se neste momento, em que uma das páginas da sua vida será virada, a percorrer outra, a via académica, na qual prepara a conclusão da licenciatura em ciências sociais.

Carlos Marques, com base na sua mais recente obra, Voo Interno, deu uma entrevista à Revista Livros & Leituras:

Por que partilha esta sua experiência em livro?

- Trata-se de dar sequência a um antigo "bichinho" associado à aeronáutica  e, em particular, à história da aviação militar em Portugal, desde os seus primórdios até aos dias de hoje. 

Hoje, estamos mais seguros no ar. O que mudou para que isso acontecesse?

- Embora o essencial desta obra se prenda com a aviação militar e os riscos associados a este tipo de utilização, a que não faltou, no caso português, o uso num contexto de conflito, como foi o vivido durante o período da guerra colonial, é claramente percebido estarmos hoje num contexto em que a segurança dos aviões e os métodos de treino e recrutamento dos pilotos trouxe a segurança para um patamar superior ao existente, nomeadamente nas décadas de quarenta, cinquenta e sessenta do século passado. Nessas décadas, a utilização, em Portugal, de muitas e variadas aeronaves, com o recrutamento massivo de pilotos e alguma indisciplina de voo traduziu-se em centenas de acidentes com uma elevada fatia de vidas humanas perdidas.  

 O que mudará com a partilha que nos deixa?

- Moveu-me essencialmente, ao fazer este livro resultante de uma muito demorada investigação, preencher uma lacuna existente nas muitas obras que tratam da aviação militar em Portugal.  Quase sempre é dado mais destaque aos modelos de aeronaves, à organização militar que as suportou ao longo do tempo e aos feitos dos aviadores merecedores de distinção.  Com a publicação deste livro, fica preenchida essa lacuna, permitindo a quem o desejar estudar com mais profundidade, um ou outro acidente e as vidas humanas perdidas nessa ocorrência. 

 Já pensa noutro estudo a versar estas temáticas?

- É muito provável que futuramente haja a intenção de aprofundar o tema, seja do lado da aviação militar seja do lado da aviação civil. Neste momento, é ainda prematura a definição do caminho que irei trilhar.

Que opinião tem agora da Revista Livros & Leituras, um projeto literário sem fins lucrativos?

- Uma opinião bastante positiva alicerçada na comunhão que tenho da necessidade de cada vez mais darmos ao livro o espaço que merece no panorama cultural, ajudando assim à perpetuação da forma de gravação e transmissão das ideias, pensamentos e opiniões mais antiga da humanidade. 

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