E às vezes é de ti que aceito um diálogo mudo entre mãos
um voo rente ao amanhecer
como se a luz se apressasse a dançar-nos nos braços
e todas as fugas fossem possíveis
Como se todos os versos nos mordessem os lábios
e ao longo do nosso corpo
um canto de notas improvisadas
derramasse todos os sóis
É de ti que nasce o afluente vermelho-vivo de um rio chamado desejo
Porque nada existe depois de ti.
Rosa Fonseca, O Silêncio das Aves
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