De 8 de fevereiro de 1917, altura em que ocorreu o primeiro acidente mortal com um avião militar português, por acaso em Moçambique, até 5 de setembro de 2019, quando um piloto militar, que se encontrava em férias, perdeu a vida tripulando um helicóptero de combate a fogos rurais no norte de Portugal, contam-se por cerca de três centenas e meia as ocorrências identificadas e cerca de seiscentas e treze vítimas militares, mas igualmente civis que, de forma exaustiva, foram identificadas ao longo desta investigação.
As décadas de 40 e 50 do século passado constituíram uma parte substancial do pesado saldo em vidas perdidas, muito por força do elevado número de aeronaves militares então existentes no país e daquilo que se pode designar por alguma indisciplina de voo, bem ilustrado no número de ocorrências em locais geograficamente ligados à vida particular dos pilotos. As décadas seguintes de 60 e 70, foram essencialmente marcadas pelas mortes ocorridas nas deslocações e nos teatros de operações africanos, nos quais os pilotos fizeram milagres perante os meios materiais colocados à disposição, em muitos casos desadequados às missões que lhes foram confiadas.
É a todos que morreram voando e, na morte alcançaram as asas da eternidade, que este livro é dedicado.
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